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  • Foto do escritorJoni Galvão

Como criar Palestras Fora de Série

Há muito tempo que as empresas contratam palestrantes com a intenção de motivar, engajar e levarem alguma mensagem, na esperança de que uma mudança aconteça. Que algo melhore. Que os participantes ao menos saiam melhores do que entraram.


São palestras que custam 10, 20, 30, 60, até 150 mil. Com alguma pessoa conhecida. E lógico que quem contrata também quer dar um “presente” para os funcionários e assim "sair bem na foto".


EFEITO PASSAGEIRO

Muitas vezes é a esperança de salvar algum evento, que geralmente é conduzido por apresentações em PowerPoint, repletas de texto, sem nenhuma conexão entre as mensagens e “pedindo” para que a audiência fique muito atenta. Quem mais trabalha nessas horas é o celular, que substitui a apresentação chata.

O principal inimigo do apresentador é a distração da audiência.

Agora, pensem comigo. As palestras contratadas foram produzidas pela própria pessoa, pela secretária, por alguém que foi recrutado para isso, enfim, de uma forma amadora.

O palestrante entende muito de algum assunto. Mas na hora de transmitir seu conhecimento,

  • sua narrativa é chata,

  • sem contexto,

  • com dicas aleatórias,

  • com mensagens genéricas,

  • abstratas,

  • dizendo o que deve ou não deve fazer,

  • apresentando seu histórico de vida achando que está contando uma história, só que não, é uma linha do tempo, e isso não é uma história.

  • E muito mais.

O resultado de tudo isso é um só: O EFEITO PASSA pois a palestra tem prazo de validade.

E quando te perguntam sobre o que o palestrante falou, você joga algumas palavras bonitas, mas não conta nenhuma história com significado.


FUGIR DO CLICHÊ


Outro grande problema são os clichês:

  • Começar com uma piada para quebrar o gelo

  • Mostrar que nasceu em condições péssimas de vida e conseguiu ser bem-sucedido

  • Escolher um número e completar com o assunto: 5 dicas para você ter resiliência. (só um exemplo) Na terceira dica você já se esqueceu da primeira.

  • Gostam de mostrar fotos de família pois acham que é assim que vão emocionar a audiência e criar uma conexão

  • Tentam mostrar para a audiência que eles são iguais. Só que não são. E isso fica claro quando a palestra acaba. A apresentação acaba sendo uma valorização do EGO.

  • E muito mais.

Trabalhando com storyteling há 20 anos, eu percebi esse padrão.


Minhas empresas já produziram mais de 200 palestras, começando pelo papel em branco. Além de 10 mil apresentações corporativas.


Você pode estar se perguntando, então, qual é a mágica?
Realmente, parece mágica. Mas como toda boa mágica, existe uma explicação por trás. A diferença é que no nosso caso não existe nada de ilusionismo. A coisa é bem real.

Pode ser a maior estrela ou celebridade ou jogador de futebol, não importa. Eles são bons em suas áreas. Mas na hora de apresentar, não sabem que existe uma metodologia e uma série de princípios para que tenham uma história altamente interessante.


Muitos improvisam, acreditando que “sabem tudo”, então “por que vou me preparar?”.

A audiência se diverte, gosta de algumas passagens, prestam atenção pois é uma pessoa conhecida. Mas e o investimento da empresa? E o objetivo inicial de mostrar alguma transformação? Isso não acontece.

Um dia, Marcos Mion, na minha primeira empresa, a SOAP, me procurou. Ele precisava fazer uma apresentação para os “Bispos” da Record. Ele estava na MTV mas tinha a oportunidade de ir para Record e fazer seu próprio programa. Foi me pedir ajuda para estruturar o roteiro, o visual e treiná-lo. Você pode estar pensando, mas justo o Mion que um dos melhores apresentadores do Brasil? Sim, ele é bom apresentador no contexto da TV. Mas quando envolve o mundo corporativo, não é a praia dele. Humildemente ele reconheceu e veio pedir ajuda.


Ele estava concorrendo com outros apresentadores. Ele ganhou e criou o programa Legendários. A sua apresentação (história) foi tão bem aceita que virou uma palestra dentro da Record.


Não estou dizendo que ele foi contratado em função da apresentação criada. Mas certamente ela ajudou a mostrar quem é de verdade o Mion, com suas várias facetas, gerando assim identificação imediata. Ele criou uma história para “servir” a audiência. É para isso que apresentamos algo. Para trazer, através das histórias, o sentido da vida, a compreensão de algum assunto complexo.


COMO RESOLVER?


Fazer com que a audiência se lembre por muito tempo das mensagens transmitidas e tenham algum tipo de transformação, por menor que seja (afinal, é só uma hora).


Os princípios foram trazidos de Hollywood, com a parceria que tive com Robert McKee, que ensinou a PIXAR a escrever roteiros.


Mas do que é feita uma Palestra Fora de Série?



  • Existe uma trama, com mensagens conectadas, que só fazem sentido quando seguem uma ordem específica.

  • Possui um tema que não é apenas uma palavra bonita. Por exemplo: “Liderança”. Isso não é tema. Isso pode ser TUDO e NADA ao mesmo tempo. “Somos bem-sucedidos como líderes quando entendemos que o lado difícil da vida deve ser discutido abertamente, e não simplesmente ser aquela liderança motivacional”. Isso é tema. Perceberam a diferença?

  • Tem um protagonista (ou vários) e sua vida foi tirada do equilíbrio, desejando então algo e sabendo que no caminho enfrentará perregues e forças contrárias.

  • E são os conflitos com essas forças que fazem o protagonista crescer, amadurecer, e no final, aprender alguma “moral da história”, que é também algo que interessa para a audiência.

  • É um espelho da vida como ela é, só que sem as partes chatas.

  • Tem Valores Universais, ou seja, aqueles valores que todos sentem independente das diferenças que possuem. Todos nós queremos ser reconhecidos, desejamos ser amados, amamos, sentimos raiva, choramos no banheiro, enfim, aquilo que vai conectar com a audiência. Essa é uma das definições iniciais num processo de criação de uma palestra. Afinal, são nesses sentimentos universais que a palestra vai conectar com TODOS da audiência.

  • Ter um começo de alto impacto que justifique a audiência prestar atenção até o final, e ela fique se perguntando “e agora, o que vai acontecer?”. Quando perdemos esse interesse, perdemos a audiência.

  • Ter um final surpreendente e inesperado. Feliz? Não necessariamente. É melhor um final que o protagonista não atingiu seu desejo, mas durante a história ele aprendeu muito e se transformou em outra pessoa.

Esses e muitos outros princípios fazem parte da criação de uma PALESTRA FORA DE SÉRIE.


O processo para escrever o roteiro:

  • Um briefing para entender o que nem mesmo a pessoa entende. Buscar o que está escondido.

  • Definição da grande ideia que vai gerar o tema central. (dai sai o nome da palestra)

  • Com esse tema, escrevemos o roteiro a partir do zero.

  • Esse roteiro é decupado como se fosse um storyboard.

  • Definição das ferramentas audiovisuais que darão suporte para a apresentação.

  • Criação de uma identidade visual.

  • Criação dos slides (cenas!).

  • Treinamento e ensaio com o palestrante, afinal, é um outro jeito de apresentar, que ele(a) não está acostumado(a).

E aqui vale um esclarecimento. As pessoas confundem CONTEÚDO com HISTÓRIA. É o mesmo que confundir LATA DE TINTA com OBRA DE ARTE. As palestras tradicionais apresentam muitas latas de tinta, sem se preocupar com a obra de arte.


Nós vamos atrás das latas que interessam e criamos uma obra de arte única, com a cara do palestrante, que provavelmente será atemporal.


EM BREVE, UMA NOVA SOLUÇÃO DA PLOT COM A PÓLO PALESTRANTES PARA CRIAR "PALESTRAS FORA DE SÉRIE".


Mas se você já quiser nos chamar para um diagnóstico, teremos o prazer de fazê-lo.


Joni Galvão

Fundador & CEO da The Plot Company

11 99407.3271

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